O DESENVOLVIMENTO DO EMPREENDEDORISMO EM DESTRUIÇÕES CRIATIVAS NO PERÍODO DE CRISE ECONÔMICA BRASILEIRA
Palavras-chave:
Inovação, Empresa, Mercado, SchumpeterResumo
O empreendedorismo está na pauta e no debate atual de todas as sociedades, principalmente pela capacidade das empresas de criar renda e gerar empregos. Porém, a capacidade de sobrevivência destas está ligada a questões exógenas, como as crises econômicas, sua sobrevivência e a criatividade do empresário. Esta pesquisa analisa a capacidade das empresas brasileiras de vencer a crise à luz da visão schumpeteriana. Para tal foi utilizada uma pesquisa quantitativa/exploratória aplicada em um espaço temporal preestabelecido: as duas piores crises recentes no Brasil nos anos 80 e nos anos 2010s, verificando se houve a destruição criativa e se as empresas nacionais foram capazes não apenas de superar a crise, mas também de acumular capital gerando inovação. Para tanto, foi utilizada a metodologia da análise dos conteúdos abordados e descritos pelo economista britânico Joseph Alois Schumpeter avaliando o grau de inovação e dos dados financeiros disponibilizados pelos órgãos oficiais brasileiros e comparando com as crises econômicas, estabelecendo um cruzamento de dados que pudesse apontar o comportamento da premissa schumpeteriana clássica para o nível de inovação, quantificado pelo número de patentes registradas em um cenário de queda econômica. Conclui-se que a movimentação empreendedora no Brasil teve comportamentos diferentes nas crises dos anos 80s e nos anos 2010s. Na primeira década perdida teve pouca inovação cristalizada, o número de patentes teve um baixo crescimento em volume de depósitos. Por outro lado, nos anos 2010s apesar dos dados mais críticos, o número de patentes inovadoras foi superior numericamente e, houve um aumento percentual maior.
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